domingo, 20 de janeiro de 2008


Escrever, apetece-me hoje. As palavras arrojam a solidão da noite e o frio sente-se num quarto de paredes brancas preenchidas por quadros com fotografias de pessoas importantes na minha vida. Corro com o olhar algumas dessas fotografias e penso como não seria a mesma sem elas…nós não somos os mesmos, de facto, sem os amigos, sem aqueles que sabemos de cor e que fazem parte de nós e do nosso caminho. Há amigos que vão e vem, há outros que vão e que não voltam mais e há aqueles que ficam sempre connosco. Ninguém vive sem amigos. Eu não vivo.
Para lá do fio da luz de um candeeiro que perfila no meu tecto, imagino o mar. sinto saudades do cheiro a agua salgada e do barulho das ondas…os mar é um mundo de historias e de vidas que se misturam e que partem e voltam (como o ritual das ondas, que vão e vêem) .. Precisava de atirar o que não me deixa sorrir ao mar e deixar que ele se encarregasse do resto: levar os pedaços de memórias e de histórias e trazer-me a essência da aprendizagem para viver com o que resta e ser feliz com isso mesmo.
Penso que o mar, o sol, as estrelas, a lua, a noite… são virtudes numa mundo em que não damos a importância devida à natureza, e ao que temos… todos estes ‘pedaços de mundo’ completam o meu, tal como o amor: perto deles, ao olhá-los, senti-los e tocá-los, sinto-me bem, sentem viva…já o amor, é a alma de um viver.
Por agora, vou continuar à procura do chão para a minha alma…

4 comentários:

A Túlipa disse...

Caminha

A Túlipa disse...

Caminha sobre as palavras que vis desenhando.

'

A Túlipa disse...

Caminha sobre as palavras que vis desenhando.

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Rute disse...

Brilhante! Mesmo! Que doce embalar! E é verdade! Quem somos nós sem amigos? Eu juro que era um poço sem fundo de tristeza e por muito que tivesse, sem amigos não valeria de nada. Não consigo e recuso-me viver sem eles. As paixões e os amores são como essas ondas que falas. Vão e vêm. As há certos amigos que são tal e qual tatuagens marcados bem fundo e a relevo no nosso coração. =D